Santuário São João Batista

Erguida em 1763, no mesmo local onde antes existia uma pequena capela, em 1713, dedicada a São João Batista. Com duas torres redondas sobre base quadrada, dispostas diagonalmente em relação ao corpo central da igreja e a caligrafia de Aleijadinho no desenho do frontispício, do arco-cruzeiro, na imagem de São João Batista, de pedra-sabão, colocada no nicho da fachada principal e, na tarja do arco-cruzeiro, também entalhada na mesma pedra. O Santuário de São João Batista é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Construída em estrutura autoportante de tijolos de adobe, a igreja foi implantada em terreno plano, apresentando volumetria de destaque em relação às edificações vizinhas, com dois pavimentos e torres laterais na fachada frontal. Com partido arquitetônico profundo, o imóvel possui características estilístico-formais que apontam para um exemplar da arquitetura barroca. A edificação religiosa possui, em sua fachada principal, escada central de quatro espelhos que permite o acesso ao interior do bem, vencendo o desnível existente entre o piso da igreja e o da praça. A fachada frontal conta com cunhais salientes revestidos em pedra, frontispício ornamentado e frontão com cornijas arrematadas com coruchéis, além de cruz central no pino e presença de cimalha no topo da frontaria. A portada é coroada com elementos em pedra sabão e uma imagem do padroeiro, São João Batista, obra atribuída ao Aleijadinho, Antônio da Silva Lisboa participou do projeto do Santuário e deixou suas marcas no desenho da fachada e na solução, ousada para a época, posicionando as torres diagonalmente em relação ao corpo da igreja. Os altares laterais, quatro no total, também possuem douramento e são originários da fazenda de Morro Grande. A pintura do forro em madeira é atribuída ao Mestre Ataíde e representa o batismo de Jesus por São João Batista, enquanto o projeto de traja do arco-cruzeiro é também de Aleijadinho.