O atual município de Jacuí tem a sua origem histórica ligada a exploração clandestina do ouro na região por bandeirantes paulistas, a partir da segunda metade do século XVIII (1750). Vincula-se administrativamente às disputas entre a Vila de São João Del Rei, sede da Comarca do Rio das Mortes e as suas disputas territoriais com a paulista Guaratinguetá e ao combate das autoridades mineiras aos acampamentos de negros fugitivos no sudoeste da então Província de Minas Gerais, especificamente ao ataque ao Quilombo do “Zundu”, nas redondezas da atual sede do município. A posse de Jacuí como terra mineira ocorreu em 26 de novembro de 1764, quando em visita a localidade, entre outros atos, o governador da Capitania de Minas Gerais Luiz Diogo Lobo da Silva atribui-lhe o nome de Arraial de São Pedro de Alcântara do Jacuhy.

A partir de então o arraial tornou-se Julgado (1778) e foi alçado a categoria de Vila de São de Carlos do Jacuhy (1814) englobando, àquele momento, uma grande extensão territorial. Ao ritmo do tempo, vivenciou o declínio da mineração, viu a sua população originária derrubar as matas e formar pequenos bairros (fazendas) que se transformaram em novos povoados, futuros municípios desmembrados da vila originária, tais como: Passos, São Sebastião do Paraiso, Guaranésia, Alpinópolis, Guaxupé, Monte Santo de Minas, Bom Jesus da Pena, São Pedro da União e Fortaleza de Minas, entre outras.

Atualmente Jacuí, preserva a sua vocação agropecuária, com destaque para a produção de café e de leite, além de uma rede de prestação de serviços em oficinas de costuras. Com um clima agradável na maior parte do ano, desfruta de um inverno típico com manhãs de neblina e baixa temperatura, tem como traço característico uma população hospitaleira e sempre disposta a uma boa prosa, regada por um café quentinho.

Jacuí possui casarões históricos bem conservados, além de cachoeiras (Dos Namorados, Morro dos Escravos, Véu de Noiva, entre outras) possui um mirante (Morro do Marzagão) de onde se pode contemplar o relevo característico do município, composto de morros e montanhas nos quais se “equilibram” as lavouras de café e que tornam o seu pôr do sol único e inesquecível. Graças às mãos habilidosas de artesã(o)s, quitandeiras e doceiras os visitantes encontram crochês, pintura em tecidos, instrumentos musicais (caixas de congada e violas), doces variados, queijo fresco e quitutes diversos, capazes de oferecer experiências gastronômicas únicas, além da tradicional cachaça orgânica Jacuhy.

Em função do trabalho de agricultores dedicados os turistas tem ao seu dispor diversos cafés especiais (Café Netto, Cabo Verde, Figueiredo, Pimenta, Monjolo Queimado) exclusivos, capazes de tornar um “dedo de prosa” inesquecível. Finalmente, as festas tradicionais do munícipio são um convite para o turista mergulhar num universo cultural rico e variado: Folias de Reis (janeiro), celebrações religiosas da Semana Santa, Enduro de Regularidade Jakuloko (julho), Semana Cultural (setembro) e, para encerrar o ano, entre os dias 26 e 28 de dezembro, a tradicional Festa da Congada, uma explosão de cores e ritmos, marcando a riqueza da cultura popular local.

 

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