Turismo em Minas Gerais | O que fazer em Inhotim

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Foto por: Pedro Vilela
Atualizado em: 04/05/2023

O que fazer em Inhotim: confira 5 obras imperdíveis

 

Conheça o maior museu a céu aberto da América Latina, onde fica, como chegar, valor do ingresso, descubra tudo aqui!

 

 

A poucos quilômetros de Belo Horizonte, 60km para ser mais exato, está localizado na cidade de Brumadinho o Instituto Inhotim, museu de arte contemporânea e Jardim Botânico.

Acredito que muitos já tenham ouvido falar desse paraíso em Minas Gerais, afinal ele já foi até cenário de série da Netflix! Da para acreditar? Oh se dá... basta ver as fotos desse grande tesouro mineiro.

 

 

Sou apaixonado por esse museu, desde a primeira visita em 2019, até minhas idas mais recentes, sempre acabo por conhecer algo novo e so me encanto mais e mais...

Mas indo ao que interessa, hoje estou aqui para trazer informações importantes para você que quer visitar o instituto, se você está buscando o que fazer em Inhotim, como chegar, quanto é o ingresso, você está no lugar certo! E é claro que vou fazer meu top 5 obras que você deve visitar!

 

Como chegar

Como já dito, Inhotim está localizado na cidade de Brumadinho, bem pertin de BH, e não é o logo ali de mineiro não, em pouco mais de uma hora você já chegou. O trajeto mais comum é pela BR-381 (passando por Mário Campos), mas você pode chegar também BR-040 (passando por Piedade do Paraopeba). No local o estacionamento é gratuito!

 

Ingresso

O ingresso de entrada é R$ 50,00 e possui a opção de meia-entrada.

Mas para aqueles que querem aproveitar o local com gratuidade, assim como eu, a primeira quarta do mês e o último domingo são gratuitos.

Você pode retirar o ingresso na bilheteria do Parque, mas como gosto de me programar com antecedência e já garantir o meu, prefiro retirar online, via Sympla.

 

Onde ficar

Como o museu é muito grande, são mais de 140 hectares, você vai precisar de pelo menos 3 dias para conhecer tudo com calma. Se você for retornar 3 dias ao museu, indico ficar na própria cidade de Brumadinho, onde você encontra pousadas maravilhosas e pode deliciar do charme da região das Veredas!

Mas muitas pessoas acabam por ficar em Belo Horizonte e fazer o famoso bate-volta.

 

Dito tudo isso, vamos as minhas obras favoritas de Inhotim!

 

 

 

Sonic Pavilion - Doug Aitken

Ou como popularmente conhecido... o Som da Terra!

Para chegar até a obra de Aitken você vai ter que encarar uma boa caminhadinha, mas acredite que vai valer a pena! Para aqueles que não gostam de dar uma andada, tem as opções dos carrinhos pagos!

Após uma subida um pouco cansativa, começamos a avistar uma construção em formato de círculo revestido por vidro e já começamos a ouvir um pouco o que vai ficar mais evidente ao entrarmos.

 

 

Como o nome evidencia, a obra se trata do som produzido pela Terra. Ficou confuso de entender? Deixa-me te explicar!

Doug realizou no centro do local uma perfuração de 202 metros no solo, e tudo dentro desse buraco é microfonado. Então sim, nós conseguimos ouvir tudo que está acontecendo bem abaixo dos nossos pés.

Gosto desse espaço por sua experiência inovadora, quem acorda e pensa que gostaria de ouvir que som a Terra está produzindo?

Além disso, é ótimo para descansar e repor as energias após a longa caminhada!

 

 

True Rogue - Tunga

Um pouco mais distante, temos a obra True Rogue, do artista Tunga, o qual sou apaixonado.

Escovas, esponjas do mar, bola de bilhar, feltro e contas de vidro na cor vermelha compõem a instalação.

Cruzes em madeira dão o efeito de marionete, assim como os cálices, garrafas, funis e bolas de cristais trazem o ar de alquimia para o espaço.

 

 

Temos a constante sensação que a qualquer momento tudo pode cair e todo o vidro se partir, afinal tudo está sendo segurado por pequenos fios.

É lindo de se ver como as redes se conversam e de cada canto da sala temos uma perspectiva diferente.

 

 

Galeria Marília Dardot

Essa é para aquele que adoram uma jardinagem!

“A origem da obra de arte”, de Marília Dardot, traz um ateliê com 1500 formas de cerâmica em formato de letras, onde somos convidados a completa-las com terra e fazer o plantio de flores.

 

 

Na parte externa, depositamos o nosso trabalho e vemos como a arte vai se formando a partir da contribuição dos visitantes. Você pode formar frases, escrever seu nome, fazer o que você quiser!

 

 

Galeria Cildo Meireles

A Galeria Cildo Meireles é composta por três salas individuais, mas aqui relato sobre a obra Desvio para o Vermelho, uma das queridinhas dos visitantes e popularmente apelidada de Sala Vermelha.

O nome é autoexplicativo... a sala é toda vermelha!

Desde espelhos, penteadeiras, armários, cadeiras, máquinas de escrever, realmente estamos envoltos em um mar de vermelho.

 

 

Mas ao caminhar pela obra somos levados ao escuro, onde uma pequena garrafa parece derramar um líquido vermelho.

No fundo do breu conseguimos ver apenas uma torneira que parecer jogar sangue, o caminho até lá se assemelha com um filme de terror. Não sabemos onde estamos pisando, parece que estamos no molhado, não sabemos onde estamos indo, onde nos apoiar.

Como um bom fã de cenários assustadores, esse quarto é um dos meus favoritos.

As demais salas da galeria abrigam as obras Glove Trotter e Através, que também merecem a visita.

 

 

Galeria Adriana Varejão

Por fim, mas não menos importante, na verdade minha instalação favorita, temos a Galeria Adriana Varejão!

Ao entrar em uma caixa de concreto suspensa não temos ideia do que estamos por ver, mas a grandiosidade da obra de Varejão vai nos surpreendendo a cada piso.

As obras da artista são marcadas pela presença dos azulejos, e assim que entramos somos surpreendidos pela obra Linda do Rosário. Revestida por azulejos comuns, a parede é repleta de vísceras, causando certo estranhamento.

 

 

O segundo piso da galeria contem a obra Celacanto provoca maremoto, minha favorita, fazendo referência aos azulejos portugueses.

As quatro paredes do espaço estão repletas com 184 azulejos, que parecerem terem sofrido com o tempo pois aparentam estarem craquelados. Posicionados de forma desorganizadas os azulejos parecem formar um maremoto, junto a imagens barrocas.

 

 

Por fim, já no ambiente exterior somos apresentados a obra Passarinhos – de Inhotim a Demini, em que a artista catalogou, desenhando em diversos azulejos, pássaros da região do rio Demini na Amazônia até a região de Brumadinho.

Encerramos nosso trajeto com a apreciação da fauna, em que os cantos dos pássaros de Inhotim também nos envolve, trazendo o ar da paz.

 

 

Bônus: Vandário

Como havia dito, o museu é também um jardim botânico, então além das instalações você pode observar a diversidade de espécies que o museu preserva.

Os apaixonados por orquídeas não podem deixar de visitar o Vandário. Jardim repleto de orquídeas de diversas espécies e com raízes aéreas.

 

 

É muita coisa e muita informação, mas esse blog não mostrou nem 10% do que é o maior museu a céu aberto da América Latina!

Não perca tempo e já planeje sua viagem para Inhotim, você vai se surpreender a cada obra, e o melhor da arte contemporânea é que nós fazemos parte da arte, sendo sempre convidados a interagir.

Gostou? Conta pra gente qual sua obra favorita de Inhotim!

 

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Sobre o Autor

Breno Montserrat

Turismólogo em formação e analista de marketing turístico. Apaixonado por música, livro, pizza e um bom café. Mineiro do interior, noveleiro, filho do verão.

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