Gosto de Minas: Kaol
A capital do estado é um verdadeiro reduto de sabores, unindo todos os gostos de Minas em um território que, pela sua história e relevância ganhou em 2019 o merecido título de Cidade Criativa da Gastronomia. Se engana quem pensa que o título de cidade criativa veio somente prestigiar as novas roupagens e combinações da nossa culinária. Por aqui, o tradicional tem seu lugar guardado no coração e na ponta da língua dos amantes da comida mineira, como é o caso da nossa receita do dia, um dos queridinhos de Belô: o Kaol.
Kachaça, Arroz, Ovo, Linguiça
Batizado pelo jornalista e compositor Rômulo Paes, é da sigla entre os itens principais do prato, e da cachaça que era tomada para abrir o apetite, que surgiu o nome do prato. E é cachaça mesmo, mineira, da boa, só que escrita com K, para dar todo um charme ao prato, que anteriormente era servido apenas aos funcionários do restaurante em que foi criado, e por insistência de alguns clientes e de um dos sócios começou a ser servido ao público, e é claro, ganhou o gosto dos frequentadores.
Qualidade que Encanta (Aos Olhos e ao Paladar)
Embora a receita do kaol seja guardada a sete chaves, o segredo está na escolha dos itens. No restaurante que permanece no centro da capital e já foi reduto de boêmios e até ícone do futebol mineiro, os ingredientes são escolhidos a dedo, preparados caseiramente e na medida.
A linguiça usada no prato é artesanal, feita com pernil e sem conservantes, o molho de tomate que “dá liga” a essa delícia é feito todos os dias, com tomates selecionados. Os ovos são caipiras, de gema vermelha, fritos em uma imersão de óleo, e a couve chega fresquinha todos os dias, além disso, não vai para a geladeira, é do corte para a panela.
Sabor que Conta História
Mesmo com o nome inusitado e criativo, a história do Kaol se confunde com a da capital e da gastronomia mineira. Um prato que reúne tudo o que há de mais mineiro na cozinha: a simplicidade e a sustância dos itens. O kaol foi um dos pratos preferidos de ilustres mineiros, como Juscelino Kubistchek, e ainda hoje é uma pedida imperdível para quem vem a Beagá.
Como já falamos, a receita do Kaol é guardada as sete chaves, mas essas chaves abrem os caminhos para o maravilhoso mundo da cozinha mineira, e com certeza vão render uma viagem saborosíssima e encantadora, recheada de muita história e prosa boa. Agora que você já sabe de onde vem o Kaol que tal começar a arriscar a sua versão aí em casa? Sem esquecer de compartilhar com a gente nas redes sociais ok?
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