Turismo em Minas Gerais | Igrejas de Minas Gerais

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Foto por: Acervo MTur - Pedro Vilela
Atualizado em: 20/09/2022

Igrejas incríveis em Minas

Conheça as Igrejas que são verdadeiras obras de arte da arquitetura em Minas Gerais.

Se você gosta de apreciar arquitetura religiosa, vai adorar essa lista que a gente trouxe. Além de serem postais de muitas dessas cidades, possuem estilos arquitetônicos para todos os gostos, estão recheadas de obras de arte e história.                                                                   

A beleza dos diferentes estilos de igrejas fará sua lista de planos de viagens por Minas ficar maior ainda depois de descobrir essas belezuras. Confere aí e já deixa nos planos do que conhecer por Minas Gerais.

​Ouro Preto: Basílica Menor de Nossa Senhora do Pilar

Se você gosta de arquitetura colonial, Ouro Preto é uma boa opção do que conhecer em Minas. Ouro Preto e suas inúmeras igrejas certamente são pontos turísticos de Minas Gerais. Queridinha entre os amantes do estilo tradicional barroco, a Basílica Nossa Senhora do Pilar é a igreja mais rica em ornamentação com ouro mineira e uma das igrejas mais ricas em ouro no país. Estima-se que sejam mais de 400 kg de ouro e de prata em pó dando requinte à Igreja do Pilar. Na capela-mor, o trabalho do escultor português Francisco Xavier de Brito em talha, com o retrato de Nossa Senhora do Pilar, é uma referência no estilo barroco.

Onde visitar: Praça Monsenhor Castilho Barbosa, 17, Pilar, Ouro Preto/MG

Entrada: paga

Januária: Igreja de Nossa Senhora do Rosário

A Igreja do Rosário, em Januária, norte de Minas, é a 2ª igreja mais antiga de Minas Gerais (1688) no estilo nacional-português, primeira fase do barroco em Minas  -  a igreja mais antiga é a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Matias Cardoso.  Ela foi construída por escravos em um antigo quilombo. Ela passou por restauro e hoje já está linda novamente.

Onde visitar: distrito de Brejo do Amparo, Januária/MG

Entrada: gratuita

Diamantina: Igreja de Nossa Senhora do Carmo

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo é uma bela construção barroca de Minas, na querida Diamantina, uma das cidades do Caminho dos Diamantes, da Estrada Real.

Marcada pela delicadeza de sua ornamentação, possui ouro em seu interior, além de trabalhos de Aleijadinho e outros importantes artistas daquela época, como o português  José Soares de Araújo e de Manoel Pinto.

Mas ela se destaca mesmo pela curiosa e inovadora construção de sua torre sineira: ela é a única na cidade que não possui torre frontal. Ela é invertida, fica nos fundos. A explicação para tudo isso passa pela lendária Chica da Silva.

A igreja foi um presente do romance publicamente assumido entre Chica da Silva e o contratador João Fernandes de Oliveira. Reza a lenda que sua torre foi invertida para que Chica da Silva pudesse freqüentá-la. Por ser negra, naquela época, a Ordem Terceira do Carmo não admitia a entrada de negros além da torre sineira, que normalmente fica bem na entrada. Por isso, a igreja possivelmente tenha sido invertida para que Chica pudesse entrar livremente.  

Onde visitar:  Rua do Carmo, s/nº, Centro Diamantina /MG ou, ainda, aqui no Tour Virtual por Diamantina.

Entrada: paga

Sabará: Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

A imponência das ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos chamam a atenção de quem chega a Sabará. A igreja foi iniciada em 1768 e, por fatores econômicos as obras sofreram várias interrupções e, depois, somada a abolição da escravidão, não foi finalizada, por isso possui estilos diferentes entre a imponente nave inacabada e a capela-mor.

Suas paredes, verdadeiras muralhas, foram erguidas em alvenaria de pedras.  O curioso é  a existência de uma simples e antiga capela coberta, feita de taipa dentro de suas muralhas. Mais antiga, ela seria substituída pela construção dessa imponente igreja. Como a obra não foi finalizada, até hoje a singela capela se mantém de pé no local da capela-mor. Ao lado funciona o Museu de Artes Sacras da cidade. O lugar é um dos postais de Sabará e oferece uma linda visão da cidade. Vale a pena!

Onde visitar:  Praça Melo Viana, s/n, Sabará/MG

Entrada: gratuita

Mariana: Igreja de São Francisco de Assis e o Santuário de Nossa Senhora do Carmo

     

Seguindo a Estrada Real, chegamos à Mariana, outro mergulho ao Brasil colônia e nosso barroco. Em Mariana,  primeira capital mineira, está a praça Minas Gerais, antigo largo do Pelourinho e que comporta não uma, mas duas belíssimas obras primas do período colonial. Não é comum a construção de duas igrejas tão próximas assim. A Igreja de São Francisco de Assis está fechada para visitação, mas a Igreja de Nossa Senhora do Carmo (1759 a 1835), legítimo representante da 3ª fase do barroco mineiro permanece nos brindando com sua imponência.

Onde visitar: Praça Minas Gerais, s/n, Centro, Mariana/MG

Entrada: paga

BH: Igreja de São Francisco de Assis

A obra de Niemeyer é um dos mais tradicionais cartões postais de BH, e fica numa região super charmosa da cidade,  a Pampulha. Por essa razão, a igreja modernista recebeu o carinhoso nome de Igrejinha da Pampulha.

Ornamentada com pinturas feitas por Candido Portinari, a obra da igrejinha fez parte do projeto concebido como conjunto arquitetônico da Pampulha, que contém outros cinco monumentos encomendados pelo então prefeito da época Juscelino Kubistchek. Construída entre 1942 e 1944 a forma arredondada e os tons de azul romperam com o tradicionalismo da época, mas com o tempo ganharam o gosto dos locais e dos turistas, tornando-se um dos pontos principais da cidade, unindo arte, arquitetura, e religiosidade.

Onde visitar: Avenida Otacílio Negrão de Lima, 3000, Pampulha, BH/MG

Entrada: paga

BH: Igreja de São José

Mesmo quem anda apressado pelo centro da cidade, não deixa de perceber seus monumentos e suas diferenças. E mesmo os menos atentos com certeza já pararam para apreciar a arquitetura da suntuosa Igreja de São José. A pedra fundamental (que marca o início da construção) foi lançada em 1902 e a conclusão de sua construção se deu em 1910. Quanto à arquitetura, a Igreja de São José  possui o estilo  neomanuelino, que é um estilo arquitetônico português, os historiadores afirmam que o estilo é o equivalente português para o neogótico.

Onde visitar: Rua dos Tupis, 164 - Centro, BH/MG

Entrada: gratuita

BH: Basílica de Nossa Senhora de Lourdes

A Praça da Liberdade é um dos mais importantes pontos de encontro da capital há bastante tempo, e a região que compõe seu entorno é riquíssima quando o assunto é arquitetura, seja pelos prédios do circuito cultural ou logo na rua da Bahia, pela basílica de Nossa Senhora de Lourdes, estilo neogótico. No Brasil, o neogótico se popularizou durante o reinado de D. Pedro II.

As principais características do estilo neogótico estão ligadas a um movimento de reviver o gótico, estilo popularizado durante a idade média, como: verticalismo dos edifícios, utilização de arcos de volta quebra (ogivais), janelas predominantes (vitrais), rosáceas, paredes mais leves e finas.

Onde visitar: Rua da Bahia, 1596 – Lourdes, BH/MG

Entrada: gratuita

Catas Altas/Santa Bárbara: Santuário do Caraça

O complexo, que foi um colégio para meninos e um seminário para padres, hoje é um dos maiores exemplos da arquitetura neogótica no Brasil. O Santuário do Caraça, além do complexo de prédios que já receberam alunos ilustres como os Presidentes da República Afonso Pena e Arthur Bernardes, e os Governadores de Minas Gerais: Antônio Augusto de Lima, Quintiliano Silva, Olegário Maciel, Melo Viana e Levindo Lopes. Hoje é uma importante reserva ambiental com milhares de espécies da fauna e flora típicas da região.

Onde visitar: Rodovia Caraça, Km 9 - Zona Rural, Catas Altas/MG

Entrada: paga

Cataguases: Santuário de Santa Rita

Assinado pelo arquiteto Edgar Guimarães do Vale, o projeto do Santuário de Santa Rita é de estilo modernista e tem a forma de um avião que, bombardeado perdeu a asa, vale lembrar que a idealização do projeto é contemporânea a segunda guerra mundial. O painel na fachada da frente da igreja é da pintora Djanira e feito com azulejos azuis é uma representação da “Vida de Santa Rita” que é o nome da obra. Dentro do templo há ainda uma pintura da artista Nanzita em estilo expressionista que representa os passos da via crucis, ou via sacra. Uma verdadeira obra de arte inspirada pela fé, em Cataguases.

Onde visitar: Praça Santa Rita, s/n – Centro, Cataguases/MG

Entrada: gratuita

Poços de Caldas: Basílica Nossa Senhora da Saúde

Construída em 1937, no lugar da igreja matriz original, a Basílica foi projetada pelo engenheiro arquiteto Otávio Lotufo, em estilo neo românico, inspirada numa igreja de Dieppe, na França. O estilo adotado para a igreja de Poços de Caldas revive características do movimento de reinterpretação da arquitetura românica, onde as obras têm grandes proporções. Os materiais mais utilizados na construção das igrejas desse estilo são pedras e tijolos de barro, por serem mais condizentes com as proporções.

Talvez a característica mais marcante do neo românico na Basílica, seja a das proporções, e isso dá pra perceber não só pela altura dela mas pelo enorme crucifixo na fachada.

Onde visitar: R. Assis Figueiredo, 1417-1457 - Centro, Poços de Caldas 

Entrada: gratuita

​Poços de Caldas (MG)/ São Sebastião do Grama (SP): Capela Santa Clara

Logo na divisa entre os dois estados, no Destino Mantiqueira, uma charmosa capela construída para presentear os trabalhadores de uma fazenda da região chama atenção. A Capela Santa Clara foi projetada por Oscar Niemeyer e é conhecida também pelo nome de Capelinha de Niemeyer. Assim como a famosa igreja da Pampulha e a maioria das obras do ousado arquiteto, a capela chama atenção por sua forma modernista e desconstruída.

A cor branca e o interior minimalista, somados a sua forma irreverente, fizeram da pequena capela um ponto turístico na região.

Onde visitar: Fazenda na área rural, divisa entre Poços de Caldas (MG) e Santo Sebastião da Grama (SP). 

Entrada: gratuita

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Sobre o Autor

Júnia Gontijo Cândido

Turismóloga, apaixonada pela vida ao ar livre, dogs, livros, séries e rock'n'roll.

Luís Carneiro

Mineiro dos pés à cabeça. Marketólogo. Turismólogo em formação, que ama ver, ouvir e escrever sobre as belezuras desse Brasil.

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