Criatividade no Turismo
Já imaginou em uma viagem aprender a criar algo novo? Visitar um lugar que inspire sua criatividade enquanto desfruta das maravilhas do destino? Isso existe e se chama turismo criativo.
Modalidade recente, o turismo criativo é uma prática baseada em trocas de conhecimentos entre turista e a comunidade local, tendo como resultado a valorização da cultura daquela cidade e o desenvolvimento do potencial criativo do visitante.
Destinos em Minas estão se tornando referência na produção criativa e com isso têm muito a oferecer a quem busca uma experiência única que pode te inspirar a embarcar na sua próxima jornada.
Crédito: Acervo Secult MG - Xará
Localizada no polo audiovisual da zona da mata, Cataguases tem se tornado palco de diversas produções do cinema e TV, emprestando seus cenários e sendo plano de fundo de tramas que despertam sensações diversas no espectador.
A adaptação cinematográfica do livro Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos foi o primeiro filme a ser gravado em Cataguases e em distritos da cidade de Leopoldina. Na produção é possível perceber o ar bucólico da região que se encaixa perfeitamente nas memórias de infância do autor, um emocionante relato autobiográfico. Quem assiste sai com vontade de pegar carona com o Portuga, personagem do filme e se deixar levar por aquelas ruazinhas.
Cataguases também é o cenário do mais recente lançamento nacional: Maria do Caritó. A produção protagonizada pela veterana Lilia Cabral, tomou emprestada as paisagens da cidade para relatar a divertida história de uma cinquentona que deseja desesperadamente se casar.
Lá é possível participar de oficinas e workshops de criação em diversos festivais dedicados ao audiovisual, e ainda existe a possibilidade de atuar como figurante em alguma das produções filmadas na cidade.
Das memórias emocionantes de infância às divertidas comédias, Cataguases é um lugar que inspira histórias.
Crédito: Acervo MTur - Pedro Vilela
A cidade mais sonora de Minas é um charme por si só e celebra em dezembro, 20 anos do título de Patrimônio da Humanidade da UNESCO.
Suas melodias e bandas cantam histórias não só do estado, mas do Brasil inteiro. Com suas ruas e casarios encantadores, a musicalidade de Diamantina está presente há séculos em dois símbolos. O primeiro deles, o badalar dos sinos, que no passado servia para indicar as horas e comunicar eventos da comunidade, hoje badala para manter viva a memória musical do município. O segundo, a Vesperata, costume que já era comum no século XVIII, mantido até os dias de hoje, colocando os músicos das bandas nas sacadas das casas, enquanto o público os observa do chão. A atração é imperdível para quem quer respirar música, na cidade da música.
Além do sino e da Vesperata, Diamantina é a casa do órgão mais antigo do Brasil, o instrumento que fica na igreja Nossa Senhora do Carmo atrai visitantes de todo o mundo para seus concertos. Imagina como é único ouvir as notas desse instrumento?
Para quem visita Diamantina e quer se conectar com os sons da cidade, é possível aproveitar oficinas musicais e até de toque do sino, desenvolvida para ajudar a manter viva a tradição secular.
Crédito: Acervo Secult MG - Assessoria de Comunicação
Não dá para falar de criatividade em Minas sem falar da capital. Belo Horizonte é o lar de tantas criações inovadoras que daria um outro post só sobre esse tema. Uma cidade surpreendente!
“Capital Mundial dos Botecos”, é uma referência gastronômica, oferecendo uma mistura de sabores e opções para todos os gostos, e acaba de receber o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela UNESCO.
Unindo a tradição mineira com o gosto pela criatividade, é possível experimentar releituras de pratos clássicos e utilização de ingredientes novos em receitas já conhecidas pelos quatro cantos. Não dá para visitar a cidade sem experimentar seus sabores, tem para todos os paladares.
Além de todas essas cidades, você sabia que foi em uma viagem pelo interior de Minas que o mineiro João Guimarães Rosa concebeu seu livro mais famoso? O Grande Sertão Veredas foi inspirado pela viagem do escritor para guiar uma boiada entre o vilarejo de Andrequicé e uma fazenda onde hoje é a cidade de Araçaí. Uma verdadeira experiência de troca entre o autor e as comunidades por onde passou, traduzida na literatura nacional. O turista pode vivenciar um pouco dessa experiência na cidade de Cordisburgo, através dos contadores de estórias, os Miguilins ou ainda, para os amantes da cultura Roseana e esportistas, percorrendo seus caminhos pelo sertão mineiro em uma peregrinação de longa distância inspiradora que passa por diversos municípios mineiros.
Seja no audiovisual, gastronomia, música e até na literatura, a economia criativa em Minas está a todo vapor.
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